quarta-feira, janeiro 29, 2003



Tu que toma o meu nome

Algo estranho acontece comigo diversas vezes, principalmente ao telefone. Ao me identificar, do outro lado da linha, muitas pessoas entendem outro nome. Me chamo "Eloi", apesar do registro sem acento, pronuncia-se Elói.

A origem do nome é francesa e significa: o eleito, o escolhido. Assim como o nome "Eli", "Eloi" é diminutivo de "Elohi" que biblicamente significa: Deus Pai.

O nome que muitas vezes confundem com o meu ao telefone é: Eduardo. E entre "Eduardo" e "Eloi" não há nenhuma semelhança, a não ser que ambos os nomes iniciam-se com a letra "E". A fonética é diferente. E convenhamos que para um pequeno nome com quatro letras, outro com três letras a mais, é quase que o dobro.

E qual será o mistério para algumas pessoas entenderem "Eduardo", quando digo "Eloi"? Minha dicção é perfeita, não tenho problemas na fala ou algo parecido. Tá certo que é um nome um pouco comum. Não é todo dia que encontro um outro tocaio na rua. Mas, poderiam confundir com Herói, por exemplo: - "Como é que é? Estou falando com o Herói?. Ah, tá bom. Vai me dizer que está falando da Sala da Justiça?"

O que é sinistro nessa história, é que enquanto eu estava confortavelmente me preparando, nos nove meses que antecedem a mais notável de todas as jornadas, meus pais já me chamavam de "Eduardo". Nome que acabou sendo alterado de última hora, porque uma vizinha havia registrado esse mesmo nome, no filho que nasceu alguns dias antes de mim.

terça-feira, janeiro 28, 2003



All Star
(Nando Reis)

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as Índias, mas a terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto do seu All Star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras, satisfeito, sorri
Quando chego ali, e entro no elevador
Aperto o doze que é seu andar
Não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem, ficou pra hoje

Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu All Star azul combina com o meu preto, de cano alto
Se o homem já pisou na Lua
Como eu ainda não tenho o seu endereço?
O tom que eu canto as minhas músicas
Para a tua voz parece exato

da série: as canções que você fez pra mim

segunda-feira, janeiro 27, 2003



No topo do ranking: Hanks

[1] Tom Hanks
[2] Julia Roberts
[3] Mel Gibson
[4] Harrison Ford
[5] Sean Connery

Em recente pesquisa divulgada pela empresa Harris Interractive, Tom Hanks é o novo "queridinho da América". O astro aparece em primeiro lugar no posto dos atores mais queridos pelos americanos em 2002.

Há uns cinco anos, a revista set publicou uma excelente matéria de capa: Tarantino + 62 pessoas que fazem Hollywood ser mais legal. Entre as sessenta e duas pessoas: Tom Hanks, Morgan Freeman, Samuel L. Jackson, Stanley Kubrick, Spielberg, Kathy Bates, John Cusack, Scorsese, Coppola, Ewan Mcgregor, Woody Allen, Nicole Kidman, Susan Sarandon, entre outras. Provando que Hollywood não é apenas uma "linha de montagem", e que com essa turma sempre vale o ingresso.

No caso se Hanks, em sua primeira indicação ao Oscar (que não veio), o título do filme já o denunciava: "Quero Ser Grande". O Oscar acabou vindo em dose dupla: "Filadélfia" e "Forrest Gump".

Nos últimos dez anos, apenas dois de seus filmes não ultrapassaram a barreira dos 100 milhões de dólares na bilheteria. Foi eleito também pela Entertainment Weekly como o único astro que vale 20 milhões de dólares. E recentemente, se tornou o ator mais novo a ter a carreira homenageada pelo American Film Institute, que costuma homenagear atores veteranos.

domingo, janeiro 26, 2003



O quinto elemento

Primeiro, Nick Hornby conta em seu livro de estréia, "Febre de Bola", a história de um torcedor fanático do Arsenal. É um romance autobiográfico, em que Hornby revela que acreditava que a sorte da sua vida, tinha alguma relação com as campanhas do seu time do coração.

Depois atingiu a notoriedade com "Alta Fidelidade", a estória de Rob Fleming, um dono de uma loja de discos, apaixonado pela cultura pop e obcecado em fazer infinitas listas das "cinco mais".   

Em "Um Grande Garoto", narra a estória de Will Freeman, um solteirão de 36 anos que não quer ter filhos, e encara a vida como um adolescente.  

Em "Como Ser Legal", a estória é de Katie Carr, uma médica diante do dilema: o que significa ser uma pessoa legal?

Agora, Hornby acaba de lançar nos EUA seu quinto livro: "Songbook", uma coletânea de ensaios sobre suas 31 canções preferidas. O livro vem com um CD com onze, das trinta e uma canções do livro.

E eis aqui a lista das músicas do livro:

1. Teenage Fanclub, "Your Love Is the Place That I Come from"
2. Bruce Springsteen, "Thunder Road"
3. Nelly Furtado, "I'm Like a Bird"
4. Led Zeppelin, "Heartbreaker"
5. Rufus Wainwright, "One Man Guy"
6. Santana, "Samba Pa Ti"
7. Rod Stewart, "Mama, You Been on My Mind"
8. Bob Dylan, "Can You Please Crawl Out Your Window?"
9. The Beatles, "Rain"
10. Ani DiFranco, "You Had Time"
11. Aimee Mann, "I've Had It"
12. Paul Westerberg, "Born for Me"
13. Suicide, "Frankie Teardrop"
14. Teenage Fanclub, "Ain't That Enough"
15. J. Geils Band, "First I Look at the Purse"
16. Ben Folds Five, "Smoke"
17. Badly Drawn Boy, "A Minor Incident"
18. The Bible, "Glorybound"
19. Van Morrison, "Caravan"
20. Butch Hancock and Marce LaCouture, "So I'll Run"
21. Gregory Isaacs, "Puff the Magic Dragon"
22. Ian Dury, "Reasons to Be Cheerful"
23. Richard and Linda Thompson, "Calvary Cross"
24. Jackson Browne, "Late for the Sky"
25. Mark Mulcahy, "Hey Self-Defeater"
26. The Velvelettes, "Needle in a Haystack"
27. O.V. Wright, "Let's Straighten It Out"
28. Royksopp, "Royksopp's Night Out"
29. The Avalanches, "Frontier Psychiatrist"
30. Soulwax, "No Fun/Push It"
31. Patti Smith, "Pissing in a River"

sábado, janeiro 25, 2003



Sampa por Reivax
(vagamente inspirado no suplemento Caderno 2 do Estadão)

A cara de São Paulo - A Avenida Paulista
Rua preferida - Qualquer uma arborizada
Esquina - Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruzo a Ipiranga com a avenida São João
Bairro - Moóca
Anfitriões da cidade - Os moradores da Moóca
Cinema - Espaço Unibanco
Vídeo - 2001vídeo
Teatro - Cultura Artística
Casa de Shows - Centro Cultural São Paulo
Museu - Masp
Galeria de arte - Lasar Segall
Danceteria - Stereo
Parque - Ibirapuera
Shopping Center - Tatuapé
Restaurante - Angélica Grill
Bar - Café dos Bancários
Lanchonete - McDonald's
Padaria - Galeria dos Pães
Doçaria - Dulca
Sorveteria - Sottozero
Café - Casa do Pão de Queijo
Loja de roupas - Brechó
Banca de jornal - Praça da República
Banca de frutas - Liberdade
Supermercado - Carrefour
Livraria - Sebo
Loja de discos - Galeria do Rock
Igreja - Catedral da Sé
Floricultura - Largo do Arouche
Estádio de futebol - Pacaembu
Clube de futebol - Corinthians
Escola de samba - Gaviões da Fiel
Não recomendo em São Paulo - O Trânsito

quinta-feira, janeiro 16, 2003



O grande irmão

...Um velho "post", um velho programa, um novo ano.
Embora um pouco tardio: - seja bem vindo dois mil e três.
Mas não chegue muito perto, que o meu calendário é judaico
.

Já está sendo transmitido o Big Brother Brasil na Rede Globo. No lugar da televisão coloquei um aquário. Dentro do aquário coloquei doze peixinhos: Acará Bandeira, Barbo Sumatra, Cascudo, Espada, Lebiste, Kinguio, Neon, Paulistinha, Peixe-do-Paraíso, Platy, Ramirezi e Rodóstomus. Resta saber quem sobreviverá até o final.

Não é a primeira vez que misturo diversas espécies no mesmo aquário. No começo fica um espetáculo, todo aquele colorido, um visual carnavalesco. Mas aos poucos, alguns não se adaptam à diversidade de tantas espécies confinadas num espaço limitado, e vão morrendo (acho que de tédio), até sobrar um peixe vermelho, que insiste em sobreviver num aquário vazio e monótono.

A família está toda reunida na sala, amontoados no sofá assistindo ao aquário. Ainda não perceberam a diferença.
Minha avó até reclamou que aquela cena ela já tinha visto, e não era possível uma emissora passar o mesmo programa 24 horas por dia. Meu irmão já explicou que é tevê a cabo.

Estou ouvindo alguém gritando lá da sala que o Lebiste comeu o Paulistinha.
"Mas o paulistinha não é espada?"
"Não. O Espada não usa aquele pijama" - Explica minha avó.