(Raul Seixas)
Tu és o grande amor da minha vida, pois você é minha querida e por você eu sinto calor.
Aquele teu chaveiro escrito love, ainda hoje me comove, me causando imensa dor.
Eu me lembro do dia em que você entrou num bode, quebrou minha vitrola e minha coleção de Pink Floyd.
Eu sei que eu não vou ficar aqui sozinho, pois eu sei que existe um careta, um careta em meu caminho.
Ah! Nada me interessa nesse instante, nem o Flávio Cavalcanti, que ao teu lado eu curtia na TV.
Nesta sala hoje eu peço arrego, não tenho paz nem tenho sossego, hoje eu vivo somente a sofrer.
E até o filme que eu vejo em cartaz, conta nossa história e por isso eu sofro muito mais.
Eu sei que dia a dia aumenta o meu desejo e não tem Pepsi-Cola que sacie a delícia dos teus beijos.
Ah! Quando eu me declarava, você ria e no auge da minha agonia, eu lhe citava Shakespeare.
Não posso sentir cheiro de lasanha, me lembro logo das Casas da Banha, onde íamos nos divertir.
Eh! Hoje o meu Sansui - Garrard - Gradiente, só toca mesmo embalo quente, pra lembrar do teu calor.
Então, eu vou ter com a moçada lá no Pier, mas prá eles é careta se alguém, se alguém fala de amor.
Na faculdade de Agronomia, numa aula de energia, bem em frente ao professor, eu tive um chilique desgraçado, eu vi você surgindo ao meu lado, no caderno do colega Nestor.
Por isso, é por isso que de agora em diante, pelos cinco mil auto-falantes, eu vou mandar berrar o dia inteiro que você é o meu Máximo Denominador Comum.