domingo, junho 27, 2004



Onde moram os anjos?

Ah! O maravilhoso de uma casa não é que ela nos abrigue, que nos aqueça, nem que se seja dona de suas paredes e sim que tenha depositado lentamente em nós estas provisões de doçura. Que ela forme, no fundo do coração, esse maciço obscuro do qual nascem os sonhos como águas de um manancial.

(Saint Exupery)

quarta-feira, junho 23, 2004

Prefácio
Márcio Américo

Ele poderia ser um desses carinhas bundinhas, que curtem bater um fliperama devorando chocolates e cortando cabeças de vira-latas. Mas não, ele preferiu caminhar por sendas bem mais esguias e escuras. Ele quis ser poeta. Ele poderia ser um destes poetas que trazem na língua e no cérebro imprecações parnasianas bem estudadas. Mas não, ele preferiu o empirismo academisista anódino, ele preferiu os porres contritos à estética bem comportada dos poetas de veraneio.

Ele agora anda por aí, um andar de quem sabe que ainda vai engolir uma porrada de sapos e com certeza cuspir saborosos poemas.

Ele continua bebendo das águas sagradas deixadas pelos mestres Jonh Fante, Charles Bukowsk, Arthur Rimbaud, Millay, Kerouac e mais, muito mais. Como um garimpeiro sedento de ouro ele persiste na procura frenética por combustível para sua criatividade, e tem encontrado facilidade, seja nos bares ou mesmo nas madrugadas desafiando seu anjo da guarda!

Ele poderia ser qualquer coisa, poderia até estar aí lendo este blog em seu lugar, mas não está, ele decidiu ser poeta! Até o momento tem conseguido manter-se fiel às suas aspirações!

(Do livro "Beijo Descalço" de Leonardo Leon)

sábado, junho 12, 2004

Último Romance
(Rodrigo Amarante)

Eu encontrei-a quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pra eu merecer
Antes de um mês
Eu já não sei

E até quem me vê
Lendo jornal
Na fila do pão
Sabe que eu te encontrei
E ninguem dirá
Que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor
A gente é quem sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco
Que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia
Eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei-a e quis duvidar
Tanto clichê
Deve não ser
Você me falou
Pra eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver
Eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar

Ah vai!
Me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora
Pego carona
Pra te acompanhar

da série: leituras na fila do pão

sexta-feira, junho 11, 2004

Minutos iniciais...
(Matrix)


Eu sei que você está aí fora. Eu posso te sentir agora.
Eu sei que você está com medo. Você está com medo de nós. Você está com medo de mudança.

Eu não conheço o futuro. Eu não vim aqui para contar como isto vai acabar.
Eu vim aqui para lhe contar como isto vai começar.

Vou desligar este telefone e então vou mostrar a estas pessoas
o que você não quer que elas vejam:
Vou mostrar a elas um mundo sem você;
um mundo sem regras ou controles, sem linhas divisórias ou fronteiras;
um mundo aonde qualquer coisa é possível.

Aonde nós vamos daqui pra frente, é uma escolha que eu deixo para você.

segunda-feira, junho 07, 2004



Funduras, ó Brasil, o porão da América...

Um teste aplicado pelo "Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa)", com 265 mil adolescentes de 15 anos, em 32 países, revelou uma triste realidade no ensino brasileiro: os alunos não entendem o que lêem.

O País ficou em último lugar na classificação que vai do nível 1 ao 5. O México, penúltimo colocado, atingiu o nível 2. Já o Brasil não conseguiu passar o primeiro nível, o que significa que o aluno brasileiro tem uma grande dificuldade em compreender as informações contidas num texto.

E as previsões não são nada otimistas: os mais privilegiados que acessam a internet, usam uma linguagem (mircs, chats) que contribui ainda mais para o empobrecimento da escrita.