domingo, junho 29, 2003



Hoje só consegui conversar comigo mesmo e não cheguei a um acordo

A frase-título do Touché, hoje me caiu como uma luva, há alguns meses recebi um e-mail na caixa postal do meu provedor, de um "suposto" e-mail meu, do Bol. E eu não sou do tipo que envia e-mails para mim mesmo.

Agora, recebi novamente um e-mail, desta vez na minha caixa postal do Bol, tendo como origem meu próprio e-mail do Bol.

É mais um daqueles e-mails "ensinando" como ficar rico sem fazer muito esforço.

O interessante é o título: "Indicação de um amigo". Será que esse amigo também sou eu?

sexta-feira, junho 27, 2003

Caixas do porão
Objetos que não uso (e que não empresto, não vendo, não troco e não dôo)

1. uma velha máquina de escrever Olivetti.
2. um toca-discos.
3. uma caixa repleta de long-play.
4. um relógio de pulso Condor (odeio relógios).
5. um violão Di-Giorgio Clássico 38.
6. diversas edições de revistas que já estão fora de circulação (Bizz, 89 Revista Rock, Revista da Web, TV Série...)
7. óculos para tardes de miopia.

quinta-feira, junho 26, 2003



Lixo vitual

Em resposta aos últimos e-mails que recebi, devo informar que não preciso dos produtos ali indicados.

quarta-feira, junho 25, 2003



Top 10 músicas para top 10 momentos

(Post remixado do Pensar Enlouquece, que por sua vez, foi sampleado do tudo vai ser diferente)

01. Primeira música que tocou quando a vitrola chegou em casa, deixando-me maravilhado com a novidade: meus irmãos mais velhos ouviam Queen, Abba, Carpenters, Bee Gees, Beatles, Rolling Stones. E uma música que era trilha sonora das tardes de sábado aqui em casa era: Please Mr. Postman com The Carpenters.

02. Música que rolava quando dei meu primeiro beijo: Não houve música no meu primeiro beijo. Mas uma música que tocava muito na época era: Você não soube me amar com a Blitz.

03. Primeira música que me fez chorar: Nunca chorei com música. Mas se preciso fosse, seria com qualquer uma da Billie Holiday.

04. Música que me faz dançar e cantar ao mesmo tempo: Its The End Of The World As We Know It (And I Feel Fine) com o R.E.M.

05. Música para ouvir dirigindo a 150km por hora, numa estrada sem pedágios, radar e, ilusoriamente, sem fim: As curvas da estrada da Santos com Roberto Carlos.

06. Como se esgoelar no karaokê, fazendo caras e bocas: Era um garoto que como eu dos Incríveis.

07. Música que eu ouvi e cantei bêbado, vestido a rigor, sem sapatos, rodeado por amigos igualmente bêbados, durante o baile de minha formatura: We are the champions com Queen.

08.Trilha sonora para começar uma noite caliente: I Can't Stop Loving You com Ray Charles.

09. Música para ouvir escrevendo: Qualquer uma do Lou Reed.

10. Música para cantar tomando banho: Banho de lua com Cely Campelo.

segunda-feira, junho 16, 2003



Para se ouvir de janela aberta

Ventura, s.f. Sorte, fortuna (boa ou má); destino; acaso; boa sorte, boa fortuna; dita; felicidade; risco; perigo; à ventura (loc. Adv.); ao acaso; à toa. (Do lat. Ventura)

Tá bom. Do sétimo andar, ouço uma conversa de botas batidas. No apartamento daquele cara estranho, uma música ao fundo, um samba a dois.

Do lado de dentro, sente-se "o vencedor". Vive o último romance com a outra: um par.
Mas, além do que se vê, ele é ao mesmo tempo o velho e o moço.

Deixa o verão e o pouco que sobrou do antigo, e entra no outono, de onde vem a calma das tardes de colheitas.

domingo, junho 15, 2003



A morte da Anna Júlia

Quisera o destino, que mesmo tendo Aline e Bárbara, Anna Júlia fosse sua mais famosa criação.
Cantada pelos quatro cantos, do acordeão do nordeste ao beatle George Harrison, Anna foi amada e odiada.

Distribuída entre cds promocionais de revistas, em cd-rom com videoclip, entoada em festas, Karaokês, assobiada, executada maciçamente em rádio e televisão.

Anna foi a Colombina. Mas desta vez, não foi a Colombina que trocou o Pierrot pelo Arlequim. Foi o Pierrot que deixou a Colombina.

E deixou o carnaval para desfilar no seu próprio bloco: do eu sozinho.
E agora lança ao mar sua ventura.

Os aparelhos foram desligados. E Anna Júlia agoniza, morrendo lentamente, numa caixinha empoeirada em cima da estante.

Rodrigo Barba usa pratos Orion.
E todos usam barba.

sexta-feira, junho 13, 2003

Virunduns - troque de biquíni sem parar

Virundum: o palhaço Rita Lee

Durante anos cantava um verso da música "jardins da Babilônia" da Rita Lee e do Lee Marcucci, da seguinte forma:

"...Mas pegar fogo nunca foi atração de circo
Mas de qualquer maneira
Pode ser um caloroso espetáculo, então
O palhaço Rita Lee, o povo chora daqui, e o show não pára
E apesar dos pesares do mundo
Vou segurar esta barra
"

E eu não entendia porque a Rita cantava "o palhaço", ao invés de "a palhaça".
Só descobri a palhaçada com o advento do video-kê.

quinta-feira, junho 12, 2003



Benditos sejam os beijos

[.:] Ousado e chocante para a sua época, o antológico beijo na praia em "A um Passo da Eternidade" é um dos momentos clássicos da história do cinema.

[.:] No princípio, os dois se odiavam - ou fingiam se odiar, para esconder seus verdadeiros sentimentos em "E o Vento Levou".

[.:] O beijo da inocência, do proibido, do amor mais puro que já brotou na literatura mundial em "Romeu e Julieta".

[.:] Amor é mais forte que a morte em "Ghost".

[.:] Todos os beijos de "Cinema Paradiso".

[.:] Uma aconchegante cantina, uma noite de lua, um fio de macarrão...em "A Dama e o Vagabundo".

[.:] "Beije-me como se fosse a última vez..." - uma cena imortal de "Casablanca".

[.:] Um beijo na teia do Aranha.

sábado, junho 07, 2003



A festa nunca termina

"24 Hour Party People é um filme a que você vai assistir já sabendo que o principal mocinho morre. E, pior que isso, tendo consciência de que ele não chega nem até o final da sessão. Ian Curtis, líder do Joy Division, deixa a história em 1980, mas o filme segue por mais uma década contando, de forma romanceada (com atores interpretando muitíssimo bem os músicos e umas poucas imagens documentais da época) a saga de algumas bandas, uma gravadora e uma casa noturna da cidade inglesa de Manchester." (B*Scene)

quarta-feira, junho 04, 2003

Minha vida é um livro aberto...
(...escrito em esperanto, para ninguém entender)

Um dos blogs que sempre visito é o multi-uso (idealizado pela Marina W. e pela Mariana Newlands). "O Multi-uso é um blog onde as pessoas podem falar das coisas que gostam e não gostam, onde cabe um pouco de cada coisa." - definem.

Uma idéia original da Bruna Paixão é o tema da vez do blog:

Quem escreveria a sua biografia?
Seria uma biografia não autorizada, daquelas que o autor mistura fatos reais com fictícios, tornando minha vida no livro, uma vida paralela ao mundo real. Trocando em miúdos, uma vida meio dólar, com valores oficiais e paralelos.
Pensei em diversos autores: Jorge Caldeira, Fernando Moraes, Ruy Castro - que já escreveram biografias. Mas, iriam comparar minha vida com a vida do Visconde de Mauá, do Assis Chateaubriand e do Garrincha, e isso não seria uma boa idéia. Uma coisa é comparar a minha vida com a vida do Zé da Esquina. Outra é comparar com "Personalidades do Século".
Também pensei no autor preferido da Madonna: Paulo Coelho. E minha vida seria transformada, em pedaços de sabedoria popular de almanaques.
E se os autores fossem Machado de Assis ou José de Alencar, minha biografia seria leitura obrigatória nas escolas.
E se fosse Jorge Amado? Não. Eu nunca estive na Bahia.
Bom, minha vida não é nenhuma comédia, mas não seria nada mau, se Luis Fernando Veríssimo a escrevesse.

Quem filmaria a sua vida?
Woody Allen? Ridley Scott? Spike Jonze? Quentin Tarantino? Giuseppe Tornatore? Não. Para uma vida "brazuca", um diretor "brazuca": Ugo Giorgetti.

Qual ator faria o seu papel?
Sean Penn? John Cusack? John Malkovich? Nicolas Cage? Não, o Selton Mello.



Que atriz faria par com você?
Cristina Pereira. Mas a Monica Bellucci faria uma ponta (nas cenas dos sonhos).

Quem comporia a trilha sonora?
André Abujamra.

Quem cantaria a sua música?
Os Mulheres Negras.

Em que cenários se passaria esse filme?
Num apartamento no centro velho de São Paulo.

terça-feira, junho 03, 2003

Michael Moore não é mais legal

Não se pode ser legal vinte e quatro horas por dia. Você faz "ene" coisas certas. "Faça a coisa certa" - disse seus pais, seus professores, seus chefes e o Spike Lee. Mas de repente um deslize (apenas um pequeno e inofensivo deslize) acaba com toda sua reputação.