domingo, novembro 17, 2002



Meus bons amigos onde estão? Notícias de todos quero saber...

No meu quarto, na cabeceira da cama, entre livros e objetos, um relógio no formato de um CD registra as horas. Lá estão gravados nomes, que juntos formam o ano em que me formei...

Gheirart, Sandra, Bete, Rúvia, Magali, Leandro, Renato, Selma, Regina, Adriana, Ayrton, Jessé, Telma, Júnior, Leiliane, Leda, Cláudio, Paulo, Marcelo, Eduardo e Humberto, formam o número nove.

Elisa, Fábio, Kelly, Vilma, Eloi, Josiel, Karla, Vânia, André, Edna, Luiz, Geana, Dalmo, Jailton, Daniela, Débora, Patrícia, Marcos, Edvaldo, Gidelma e Vanderlei, formam o número sete.


Sim, fomos todos cobaias, a primeira turma. Enterramos o curso, não me lembro o ano. Todos de preto, marcha fúnebre, caixão de papelão. Fizemos teatro. Engolimos sapos. Pisamos na bola. Tivemos algumas glórias e desilusões. Alguns pararam no caminho. Ajudamos alguns a caminhar. Fotografias em branco e preto em Paranapiacaba, cantoria na viagem de trem. Cinema francês no Lasar Segall, cantoras do rádio no centro cultural. Quadros no Masp e Casa das Rosas. Dunas em Natal. Chopes na sexta-feira. Livros no sebo. Estúdio de rádio precário, estúdio de TV que não veio. Semana da Comunicação. Namoros, delírios, viagens, desencontros....ultra-modernos e pragmáticos, não os encontro no mundo real e nem no virtual, nem e-mail, nem chat, nem internet. Quem sabe os sinais de fumaça voltaram a ser o novo meio de comunicação...