quarta-feira, setembro 04, 2002

As sete faces do Dr. Lao

Em um curso da empresa em que trabalho, ganhei um livro que contém alguns testes para desenvolver a capacidade criativa e inteligência emocional.
Segundo os estudos do autor, o cérebro é dividido em quatro partes, não apenas esquerdo e direito, mas também superior e inferior. Tal divisão nos dá quatro estilos de dominância cerebral que são: analítica, experimental, controladora e relacional.
O comum é que a maioria das pessoas apresentem duas dominâncias: analítica experimental ou analítica controladora, ou relacional experimental ou relacional controladora. Não há possibilidades de um indivíduo ter como dominância cerebral os quadrantes experimental controlador ou analítico relacional, pois um é o oposto do outro.
Mas existe também aqueles que apresentam predominância nos quatro quadrantes. E pelo resultado do questionário de autoconhecimento, fiquei sabendo que é essa a minha dominância cerebral.
Isso explica porque meu humor muda conforme a lua, conforme o tempo, e isso nada tem a ver com o fato de eu ser de câncer, com ascendente libra e galo no horóscopo chinês.
Meu lado analítico vive entrando em choque com o meu lado relacional, e o meu lado experimental odeia o meu lado controlador.
Para visualizar melhor, se eu fosse um personagem de cinema a cada dia, eu seria assim:

segunda - Não conheço ninguém que goste da segunda-feira. É nesse dia que amanheço com as quatro dominâncias em confusão. A neurose urbana é tamanha, que meu estado emocional é idêntico ao do personagem de Michael Douglas em “Um dia de Fúria”.
terça - Depois da tempestade vem a calmaria. Minhas quatro dominâncias cerebrais estão em equilíbrio nas terças. Nesse dia nada pode me deter. Me sinto invencível como o personagem de Bruce Willis em “Corpo Fechado”.
quarta - Nasci numa quarta-feira. A quarta fica no meio da semana. E as pessoas sempre lembram dos primeiros e dos últimos, o meio fica esquecido. É assim com o filho do meio. Muitas fotos e badalações para o primogênito e para o caçula. Para o filho do meio: nada. Nas quartas me sinto numa ilha deserta, sou o Tom Hanks em “Náufrago”.
quinta - É nas quintas que resolvo colocar ordem na bagunça: arrumar os livros, cds, fitas, roupas. Tudo numa disciplina militar. E é nesse dia que assumo a postura do marido de Julia Roberts em “Dormindo com o Inimigo”.
sexta - Nas sextas tudo pode acontecer, principalmente quando anoitece. Sou Griffin Dunne em “Depois de Horas”.
sábado - No sábado o amor está no ar. Sou Joseph Fiennes em “Shakespeare Apaixonado”.
domingo - Acredito que as grandes questões filosóficas (pelo menos as filosofias baratas) tenham sido discutidas num domingo (numa mesa de bar). No primeiro dia da semana não sei se sou caça ou caçador. Sou Harrison Ford em “Blade Runner”.

Nenhum comentário: