sexta-feira, dezembro 31, 2004

Oito manchetes para entender dois mil e quatro


Vanderlei vira estrela da maratona


Brasil conquista a Copa América


O Brasil relembra Ayrton Senna


Tsunami mata milhares na Ásia


Piloto norte-americano é detido por fazer um gesto obsceno


Morre Leonel Brizola


Roberto Justus estréia na TV, comandando o reality show O Aprendiz


Seleção Brasileira masculina de vôlei comemora bicampeonato olímpico

terça-feira, dezembro 28, 2004

Diurno

Não tive a noção exata que o tempo passou, e ainda estávamos no primeiro ato. Tantas histórias vividas. Pouca vida minha. Já não sabia se tudo o que contei era verdade, ou se era um embuste absorvido em meu subconsciente. Até eu mesmo cria no que eu não vivia. Uma vida projetada, do nada, do acaso. Não queria representar o mesmo personagem. Queria ser o anti-herói. E ao fechar as cortinas, quando já não ouço a platéia, pedi minha vida de volta...mas, devolveram o mesmo roteiro.



Noturno

Nos bares, nas noites de verão, os assuntos são amenos, porém inócuos. Quando desaba a madrugada, todos os loucos e bêbados viram filósofos. Viram poetas. Viram profetas. Ingressam assuntos complexos, teses defendidas, paradigmas dissolvidos.
Nessa hora, bons poemas são paridos. Nascem sonhos, idéias, germinam vidas.
Na madrugada, onde tudo parece tranqüilo...

sábado, dezembro 25, 2004



Jesus, um nordestino
(Diógenes da Cunha Lima)

Eu penso que Jesus devia de nascer em Belém, na Paraíba.
Sim, em Belém, perto de Guarabira e vizinho de Pirpirituba. E se não bastasse a vizinhança a indicar a rima e o caminho, perto de Nova Cruz.

Era filho caçula de dona Maria, mulher dona de beleza e que germinava bondade nas pessoas.

Era menino moreno, muito esperto, embalado em rede de algodão cru. Tinha sandálias com currulepo entre os dedos e cajus, em dezembro, a matar a sede.
E seu pastor fora um vaqueiro nordestino, de gibão e perneira e guarda-peito, para livrar as suas carnes da Jurema.

Vieram adorar o Deus-Menino os santos reis entrelaçados de bom jeito: um negro, um índio e um branco português.

Seria fácil encontrar espinhos, para coroar a fronte de de Jesus, e um pau de arara em São José do egito para levá-lo, retirante, para São Paulo.
Um santo feito para as grandes secas!

Meu Deus, meu Deus, por que nos abandonaste, exclamaria enquanto repartia com o povo nu as suas vestes, multiplicadas como pães ou peixes.

Quando criança, o Jesus da Paraíba era carpinteiro como seu pai, fazendo caixões azúis para os anjos do lugar. E proezas num cavalo de pau. Sim, num cavalo de pau, pois seu jumento era muito magro e nem servia para carne de jabá.

Jesus era um menino desnutrido a fazer o bem, desnutrido como os outros da região, onde as coisas só vão na base do milagre ou da força parida da vontade.

Eu penso que Jesus devia de nascer em Belém, na Paraíba!

terça-feira, dezembro 14, 2004



Os melhores de 2004

Na categoria Televisão, a Mega Liga de VJs Paladinos (MTV) ganharam como Melhor Animação. Já na categoria Música Popular, Seu Jorge levou o prêmio por Melhor Cantor, e Ney Matogrosso e Pedro Luís & A Parede, por melhor disco.

Arnaldo Jabor foi premiado na categoria Literatura. Seu livro "Amor é Prosa, Sexo é Poesia - Crônicas Afetivas", ganhou o prêmio Melhor Crônica/Conto.

A lista completa está na APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte)

quarta-feira, dezembro 08, 2004



Era um garoto que como eu amava os Monkees e os Stone Roses

"Sabe porque os jovens já não respeitam os seus pais? Por culpa dos Beatles. Depois que eles surgiram, a juventude virou essa baderna que hoje aqui está." -Essa frase, dita assim, solta, do nada, parece ter sido tirada de algum momento dos anos sessenta. Mas, foi dita há alguns dias, por um senhor de setenta e poucos anos, para mim.
...
Quando vestia calças curtas, nos inocentes tempos de minha infância, assistia uma série de TV sobre um grupo de rock chamado "The Monkees". Quando conheci(vi) os Beatles pela primeira vez, a reação foi instantânea: "Esses caras estão imitando os Monkees..."
...
Agora uma tríade musical: o melhor, o pior e um ícone, publicados na panorâmica da Folha. Primeiro o melhor: escrita e gravada em 1965 por Bob Dylan, "Like a Rolling Stone" lidera a lista das 500 melhores músicas da história publicada pela revista "Rolling Stone". Em segundo lugar, aparece "I Can't Get No Satisfaction" (1965), do grupo inglês Rolling Stones. "Imagine" (1971), escrita por John Lennon já em sua carreira solo, vem na terceira posição. Em último lugar, aparece "What I'd I Say" (1959), de Ray Charles. Na lista feita por 172 escritores e artistas, Dylan, Beatles e Rolling Stones aparecem várias vezes.
...
Agora o pior: "Ob-La-Di, Ob-La-Da", de 1968, foi eleita a pior música de todos os tempos, segundo pesquisa on-line feita com mil pessoas. Em seguida está "Fog on the Tyne", de um jogador de futebol inglês.
...
Por último, o ícone: o beatle John Lennon ficou na frente de Elvis Presley em uma pesquisa feita pela revista britânica de música "Q" para descobrir quem é o maior ícone do rock'n'roll de todos os tempos. Paul McCartney, companheiro de Lennon no grupo de Liverpool, aparece em 12º. Em entrevista à revista, a viúva de Lennon, Yoko Ono, disse que ele foi um homem obstinado. "Parecia que ele sabia que estava na Terra por um período relativamente curto", disse. O músico foi assassinado por um fã em frente ao seu apartamento em Nova York, em 08 de dezembro de 1980.
...
Ah, e os Stone Roses? E para não dizer que não falei nos Roses, aqui vai uma dica do Fabian Décio Chacur, no seu magnífico e indispensável livro "Os ídolos do Pop/Rock": O álbum de estréia do grupo de Manchester, é um dos clássicos do rock independente, e em sua versão americana traz como bônus as faixas "Elephant Stone" e "Fools Gold", que, somadas a "I Wanna Be Adored", "She Bangs the Drum", "Waterfall" e "Don´t Stop", tornam o CD imperdível.

domingo, novembro 14, 2004

Nunca imaginei que uma garota mudaria completamente a minha vida.

Estava tudo marcado para o nosso primeiro encontro, numa noite de uma segunda-feira, na Paulista.
No lugar combinado, esperava apreensivo sua chegada. As mãos geladas, os pés trêmulos e a ansiedade aumentavam pouco a pouco.

Os ponteiros do relógio pareciam diminuir seu ritmo, aumentando assim os meus batimentos cardíacos.
Enquanto a esperava, ficava imaginando como seria seu rosto, seus olhos, seus cabelos. E já projetava diálogos imaginários, ou futuros, no anseio de saber seus gostos, seus desejos, seus sonhos.

Por detalhes alheios a sua vontade, ela não pôde ser pontual, e apareceu uma hora depois do tratado.

Quando finalmente chegou, me surpreendi, era mais linda do que imaginei. Se antes não acreditava em amor à primeira vista, a partir daquele instante passei a acreditar. Se bem que no fundo, eu já a amava antes mesmo de conhecê-la pessoalmente.
Garota alguma tinha me feito ficar com aquela cara-de-bobo, como a que fiquei quando a vi pela primeira vez.

Na hora, perdi minhas palavras, e já não sentia meus pés no chão. Não... Meus pés não estavam no chão, estavam nas nuvens.
Nunca imaginei que uma garota mudaria completamente a minha vida. A ponto de me deixar sem dormir, sem pensar nela por um só instante.

Já se passaram alguns dias desde aquela segunda-feira, do dia oito de novembro, quando a Julia me foi apresentada, ali na Maternidade Santa Catarina, na Paulista.
Nunca imaginei que uma garota mudaria completamente a minha vida, como a Julia, minha filha, que acabou de nascer.

segunda-feira, novembro 08, 2004

Julia
(Lennon/McCartney)

Half of what I say is meaningless
But I say it just to reach you, Julia
Metade do que digo é sem sentido
Mas eu digo só para enriquecer você, Julia

Julia, Julia, oceanchild, calls me
So I sing a song of love, Julia
Julia, Julia, criança do oceano, me chama
Então eu canto uma canção de amor, Julia
Julia, seashell eyes, windy smile, calls me
So I sing a song of love, Julia
Julia, olhos de concha, sorriso ventoso, me chama
Então eu canto uma canção de amor, Julia

Her hair of floating sky is shimmering, glimmering,
In the sun
Seus cabelos de céu flutuante estão ondulantes
Reluzindo no sol

Julia, Julia, morning moon, touch me
So I sing a song of love, Julia
Julia, Julia, lua do amanhecer, toque-me
Então eu canto uma canção de amor, Julia

When I cannot sing my heart
I can only speak my mind, Julia
Quando não consigo cantar o meu coração
Posso apenas expressar minha mente, Julia

Julia, sleeping sand, silent cloud, touch me
So I sing a song of love, Julia
Julia, areia sonolenta, nuvem silenciosa, toque-me
Então eu canto uma canção de amor, Julia
Hum hum hum...calls me
So I sing a song of love for Julia, Julia, Julia
Hum hum hum... me chama
Então eu canto uma canção de amor para Julia

da série: era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones

sábado, novembro 06, 2004



Preciso de mais clones de mim...

...para poder levar os meus pais para assistir "Orlando Silva, O Cantor das Multidões".
...levar o lixo para fora.
...para poder ir ao cinema assistir "Kill Bill - Vol. 2", "Passagem Azul", "Nina", "Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças" e "Má Educação".
...fazer a compra do mês no Carrefour.
...para ir ao Tim Festival ver "The Libertines", ou no seu "pocket show" na Fnac Pinheiros.
...limpar as gaiolas dos papagaios.
...para ir a Bienal, no Ibirapuera.
...para estender as roupas no varal.
...para terminar o livro do Saramago.
...para estudar uma apostila, que há muito me espera em cima de uma cômoda.
...para organizar as fotos dos quadros de minha irmã, e finalmente colocá-las num site.
...para reunir os nomes que participarão do amigo oculto da "famiglia".
...para ir a galeria do rock, garimpar alguns cds e miniaturas de personagens.
...para editar algumas fitas de VHS.
...para inclusive terminar este post...

quarta-feira, novembro 03, 2004



Jogos do PlayStation

Na estréia do blog "oito ou oitenta", publiquei uma lista de dez jogos do atari. Um ano depois listei os dez jogos do master system. E no ano seguinte, dez jogos do mega drive. Comemorando hoje três anos de blog, publico a tradicional lista de dez jogos, desta vez com o PlayStation.

Os jogos do velho atari preencheram algumas tardes dos anos 80, os jogos do master system cumpriu o mesmo papel no início dos anos 90, sendo logo substituidos pelos jogos do mega drive. Na virada do milênio, os jogos do playstation, a quinta geração dos consoles de video game, também cumpriram o seu papel.

1 - Crash Bandicoot 3: Warped (terceiro game da série)
2 - Tomb Raider 4: The Last Revelation (as aventuras de Lara Croft)
3 - Fatal Fury - Wild Ambition (jogo de luta, criado para o arcade Hyper Neo-Geo 64 e depois convertida para PlayStation)
4 - Akuji - The Heartless (jogo de aventura e ação em 3D)
5 - Small Soldiers (jogo de ação, baseado no filme Pequenos Guerreiros)
6 - Duke Nukem: Time to Kill (o machão Duke Nukem em mais uma aventura para PlayStation)
7 - Apocalypse (Bruce Willis na pele do personagem Trey Kincaid)
8 - Syphon Filter (ação, intriga e mistério para os amantes de aventura)
9 - South Park (para os fãs da série)
10 - Harry Potter e a Pedra Filosofal (primeira aventura do jovem bruxo em Hogwarts)

domingo, outubro 31, 2004



Em nome da simetria

"O universo conspira para que tudo esteja em perfeita harmonia" - Lera em um livro de auto-ajuda que acabara de achar num banco do metrô.

Enquanto isso, não muito distante dali, um morador de rua alheio aos que estão em sua volta, lê concentrado um livro de Sartre.

Na calçada árdua e gelada onde o morador de rua repousa nas noites frias, um grande banco anuncia em seus cartazes, orientações para que seus clientes evitem o uso do limite do cheque especial.

Num apartamento em frente, uma luz azulada da tevê ilumina a janela. E a mensagem que recebem daquele aparelho, pede para que desliguem a TV e leiam um livro.

Do outro lado da cidade, um político recebe o apoio de seu histórico oponente.

Numa igreja evangélica, um ex-vocalista de uma banda de rock apresenta seu novo sucesso gravado num selo gospel.

Na noite paulista, um ex-DJ de drum´n´bass se apresenta agora como jazzista.

E eu por aqui, procuro entender como um CD do Leonardo foi parar na caixinha do CD do Nando Reis.

Eu já não me importo se o anão está em cima da geladeira e o pingüim no centro do jardim. Mas, pelo-amor-de-Deus, cadê o meu CD do Nando Reis e os Infernais?

sábado, outubro 30, 2004



Os piores discos de todos os tempos

"Lista de Melhores, todo mundo já fez! Preferimos perguntar para vinte críticos brasileiros: - Quais os piores discos já gravados?"
Bizz - edição 95 (junho de 1993).

Eis a lista:

1. Sting - ...Nothing Like The Sun (87)
2. Dire Straits - Brothers In Arms (85)
3. Bruce Springsteen - Born In The U.S.A. (84)
4. Yes - Tales From Topographic Oceans (73)
5. Pink Floyd - The Final Cut (83)
6. Paul Simon - Graceland (85)
7. David Bowie - Never Let Me Down (87)
8. The Smiths - Meat Is Murder (85)
9. U2 - Rathe And Hum (88)
10. Rick Wakeman - Journey To The Center Of The Earth (74)
11. John Lennon & Yoko Ono - Double Fantasy (80)
12. Rush - Hemispheres (78)
13. Tom Waits - Rain Dogs (85)
14. The Clash - Cut The Crap (85)
15. Bob Dylan - Saved (80)
16. Paul McCartney - Give My Regards To Broad St. (84)
17. Jethro Tull - Thick As A Brick (72)
18. Emerson, Lake and Palmer - Love Beach (78)
19. Mike Oldfield - Tubular Bells (73)
20. Frank Zappa - Shut Up´N´Play Yer Guitar (81)
21. David Byrne - Rei Momo (89)
22. New Order - Brotherhood
23. Simple Minds - Once Upon A Time (85)
24. The Beatles - Let It Be (70)
25. Deep Purple - Concerto For Group And Orchestra (70)

E eis os vinte votantes: Alex Antunes, Álvaro Pereira Jr., André Barcinski, André Forastieri, Arthur G. Couto Duarte, Bia Abramo, Camilo Rocha, Carlos Eduardo Miranda, Celso Pucci, Claudia Campos, Eva Joory, Jimi Joe, Jose Augusto Lemos, Jose Emilio Rondeau, Kid Vinil, Luis Antonio Giron, Pepe Escobar, Rogério de Campos, Thales de Menezes e Zeca Camargo.

sábado, outubro 23, 2004

Anos Incríveis - a volta da série

Um dos maiores sucessos da TV americana no Brasil, o seriado Anos Incríveis (The Wonder Years) é uma premiada produção de 1988 que traz as aventuras de Kevin Arnold, um garoto de 12 anos, inteligente e sensível, de uma típica família de classe média norte-americana dos anos 60.

A maior parte da ação se passa na vizinhança de classe-média ou na escola do protagonista da série. Todas as descobertas são narradas com humor por Kevin já adulto, que faz comentários engraçados sobre si mesmo e situa os importantes acontecimentos da década de 60.

Anos Incríveis conta ainda uma trilha sonora muito bem elaborada, interpretada por Joe Cocker, Debbie Gibson, Julian Lennon, Carole King e Van Morrison
."


Anos Incríveis: série de ficção para jovens

de segunda a sexta, às 18:30 hrs.

quarta-feira, outubro 20, 2004



10ª edição Video Music Brasil 2004
MTV Brasil

Melhor clipe segundo Audiência: Pitty - Admirável Chip Novo
Melhor clipe do ano: Marcelo D2 - Loadeando
Melhor clipe de pop: Skank - Vou Deixar
Melhor clipe de rock: Pitty - Equalize
Melhor clipe de MPB: Seu Jorge - Tive Razão
Melhor clipe de rap: Marcelo D2 - Loadeando
Melhor clipe independente: Ludov - Princesa
Melhor clipe de música eletrônica: Marcelinho da Lua e Seu Jorge - Cotidiano
Revelação: Dead Fish - Zero Um
Melhor clipe internacional: Linkin Park - Numb
Melhor direção: O Rappa - O Salto
Melhor fotografia: Marcelo D2 - Loadeando
Melhor direção de arte: Elza Soares - Rio de Janeiro
Melhor edição: O Rappa - O Salto
Melhor website: Detonautas Roque Clube

domingo, outubro 10, 2004



Variações do Fim de Tudo

Afastado do mundo virtual, depois de longos dias com o blog em estado terminal, nada melhor do que voltar a escrever escolhendo como tema: a morte.
Em recente publicação, o caderno mais! da Folha publicou as listas de dez coisas para fazer antes de morrer, segundo doze personalidades das artes, filosofia, psicanálise, crítica, literatura, publicidade, história e teatro. Alguns itens são geniais, e eu descaradamente, os tomei emprestados...

10 coisas para fazer antes de morrer

1. Antes de morrer, preciso ver minha filha (Julia, que irá nascer em novembro) ficar grande, feliz e bem-educada.
2. De ter tempo para ler as obras completas dos meus autores favoritos.
3. Aprender a falar em esperanto e me comunicar em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).
4. Antes de morrer, preciso aprender a escrever como os caras que eu gosto de ler.
5. Preciso ver o Corinthians campeão muitas outras vezes.
6. Ter uma casa no campo, onde possa plantar meus amigos, meus discos e livros, e nada mais.
7. Filmar um curta-metragem ou um documentário.
8. Assistir, num mesmo festival, todas as bandas legais que um dia curti.
9. Jogar beisebol.
10. Antes de morrer, preciso não morrer.

segunda-feira, setembro 27, 2004



Qual personagem do Angeli você é?

Você nunca ouviu falar nesse personagem? Mas é isso o que você é: um personagem bomba. Você quer detonar todo mundo, mas acaba sendo detonado.

quinta-feira, setembro 23, 2004

Frases de cinema

(...) até que eventualmente se tornaram apenas mais dois rostos nos corredores. Isso acontece às vezes. Amigos entram e saem da vida da gente, como garçons em restaurante.

Eu nunca mais tive amigos, como os que tive quando tinha doze anos.
Meu Deus, e alguém tem?

(Stand by Me, 1986 - Rob Reiner - baseado em conto de Stephen King)

quarta-feira, setembro 22, 2004



Algo em Comum
Uma simples questão de bom senso

Desde o começo da existência, as pessoas sempre procuram pertencer a um grupo onde as demais têm algo em comum. E são essas semelhanças que acabam aproximando-as.

Gostar do mesmo tipo de música, ou de uma determinada banda, torcer pelo mesmo time de futebol, pertencer à mesma religião, compartilhar das mesmas idéias etc.

Gostar das mesmas coisas deveria ser sinônimo para as pessoas se darem bem. Deveria, mas não é. Imagine-se usando aquela roupa que você adorou. Mas existem outra pessoa com o gosto parecido com o seu, que também gostou da roupa. Agora imagine vocês usando a mesma roupa numa festa em que ambos(as) foram convidados(as). A teoria dos gostos parecidos cai por terra. É um(a) tentando disfarçar que não viu o(a) outro(a), e fazendo o possível para manterem distância.

sexta-feira, setembro 17, 2004

Vive sem Horas
(Ricardo Reis - heterônimo de Fernando Pessoa)

Vive sem horas. Quanto mede pesa,
E quanto pensas mede.
Num fluido incerto nexo, como o rio
Cujas ondas são ele,
Assim teus dias vê, e se te vires
Passar, como a outrem, cala.

sábado, setembro 11, 2004



Além do Cartão Postal

Estava lendo hoje pela manhã, no Caderno 2 do Estado de S. Paulo, artigo sobre o mais novo filme do cineasta Woody Allen: "The Curse of Jade Scorpion". Nunca um cineasta foi tão apaixonado por Nova York quanto Woody. O cineasta de Manhattan, sabe como ninguém, revelar a alma nova-iorquina através de seus filmes.

Enquanto isso na tevê, cenas inacreditáveis do ataque terrorista ao World Trade Center, um dos cartões-postais de Nova York. Num curto espaço de tempo, o arranha-céu que já serviu de cenário para diversos filmes ambientados em Nova York, desabou.

O interessante é que a revista ISTOÉ, em 05 de março de 1997, ao publicar matéria do ataque terrorista ao Empire State, lembrou que em 1993, o World Trade Center havia sido palco, para mais uma ação dos terroristas mulçumanos. E que a intenção era destruir diversos pontos turísticos de Nova York.

Passado oito anos, Nova York presenciou hoje, cenas típicas dos filmes catástrofes realizados por Hollywood. Cenas que jamais gostariam de ter protagonizados. Mais que o desaparecimento de um símbolo retratado em cartões postais, desaparecem milhares de vidas, vítimas do ódio e extremismo político e religioso dos terroristas.

publicado originalmente em 11/09/2001 no blog "Ecos do Caos"

domingo, agosto 22, 2004



Paciência tem limite

A empresa Júpiter Media Metrix, especializada em estatísticas do mundo digital, divulgou o ranking dos games de PC mais jogados nos Estados Unidos. Mais uma vez, o vencedor foi Paciência, o entediante e viciante jogo de cartas que vem com o Windows.

Nada menos que 21,3 milhões de americanos jogaram cartas digitais sobre a tela verde em um mês. O site Slashdot, um fórum de discussões cibernéticas, publicou um cálculo interessante a partir desse número. Segundo o texto, se considerarmos que cada um desses jogadores gastou um pouco mais que uma hora por mês jogando - um número conservador - , 24 milhões de horas foram torradas mexendo cartas de um lado para outro (ou 24 milhões de horas-homem foram consumidas). Isso dá um milhão de dias-homem, ou 2740 anos-homem.

O Empire State exigiu sete milhões de horas-homem para ser erguido - meros nove dias de Paciência. Se todos os jogadores de Paciência trocassem as horas de computador por uma atividade mais produtiva, abririam o Canal do Panamá em 26 dias, ou concluiriam o Projeto Apolo, que levou o homem à Lua, em 52 dias.

terça-feira, agosto 17, 2004

Hora Mágica
Carlos Drummond de Andrade

Pés contentes na manhã de março.
Ó vida! Ó quinta-feira inteira!
Pisando a areia que canta, o barro que clapeclape,
a poça d'água que rebrilha.

Há de ser sempre assim, não vou crescer,
não vou ser feito os grandes, apressados,
aflitos, de fumo no chapéu,
esporas galopantes.

O dia é todo meu. E este caminho,
estas pedras, estes passarinhos, este sol espalhado
em cima de minha roupa, de minhas unhas.
Tenho canivete Rodger, geléia, pão-de-queijo
para comer quando quiser.

Descobrir tesouros, bichos nunca vistos,
quem sabe se um feiticeiro, um ermitão,
a ondina ruiva do Rio Tanque.
Igual aos índios. Igual a mim mesmo quando sonho.

sexta-feira, agosto 13, 2004



...e foram felizes para sempre

As estórias que povoavam o imaginário infantil, recheadas de vilões, bruxos, príncipes e princesas, tinham um enredo repleto de aventura. Com uma ação ininterrupta, capaz de tirar o fôlego e acelerar as batidas do coração da criançada.

Protagonizávamos em nossos sonhos o mocinho, o cawboy, o cavaleiro, o rei, o príncipe, o mosqueteiro. Usávamos capas, espadas, cavalos, combatíamos o mal.

Mas nada me tirava o sono, quanto ao final sombrio de cada estória: - "...e foram felizes para sempre." - pois não há nada mais sombrio que a concepção de felicidade eterna.

E eu ficava sem dormir indagando: "- Como acabou. Depois de enfrentarem tantos perigos, viveriam numa felicidade sem conflitos, sem clímax, numa rotina que consumirá até o fim de seus dias. Mas isso é terrível."

Só as mudanças são eternas. Imagine acordar e saber tudo o que iria ocorrer naquele dia e em todos os dias da sua vida.

Uma vez, ouvi uma lenda de um homem que vivia num paraíso, onde tinha seu descanso eterno. Uma vez cansou de todo aquele enfado e resolveu reclamar: - "Nunca imaginei que o paraíso fosse tão entediante." E teve como resposta: - "E quem te disse que aqui é o Paraíso?"

Shakespeare concluiu sua mais famosa estória com a frase: - "...Nunca houve história mais triste do que esta de Julieta e Romeu." - uma bela estória que fez história, por fugir da estética dos finais felizes.

sexta-feira, agosto 06, 2004

Uns e outros somos nós

"É importante passear pela paisagem de nossa vida sem nos assustarmos, demasiadamente, com os minotauros que vivem em nossos labirintos e sem nos encantarmos, infantilmente, com as águias que circundam o nosso mundo mais ensolarado."

Neylor J. Tonin

quinta-feira, julho 29, 2004



ano três

Hoje faz três anos que comecei a blogar...
Los 3 Amigos; Os Três Patetas; Trio Parada Dura; Huguinho, Zezinho e Luizinho; Sá, Rodrix e Guarabyra; Trio Mocotó; Trio Iraquitan; Riffs de Três Notas; Banquinho, Violão e Rock And Roll; Guitarra, Baixo e Bateria; Pedra, Papel e Tesoura.

desembucha: julho/2001 a setembro/2001
Ilha Blog: setembro/2001 a junho/2002
blogger: a partir de novembro/2001

terça-feira, julho 20, 2004



Pirlimpimpim

No mundo do Monteiro Lobato, o pó de pirlimpimpim nos leva à um universo paralelo. E durante a "viagem", onde tudo gira, a imagem de fundo é bem psicodélica.

Quando era visto por olhos infantis, tudo parecia muito divertido. Mas esses olhos já viram muito coisa de lá para cá.
E hoje esse pó de pirlimpimpim não me parece nada inocente.

domingo, julho 18, 2004

Arriscar é viver...
(Soren Kiekegaard)

Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.
Amar é arriscar-se a não ser amado.
Expor suas idéias e sonhos ao público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer...

Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas...é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...

Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas; abrem mão de sua liberdade.
Só a pessoa que arrisca é livre...

"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo. Não se arriscar é perder a vida..."

domingo, julho 11, 2004

Frase do dia milênio

Desde o começo da escrita, o inútil e o irritante estavam lá, junto com a verdade.
A Internet não é diferente - ela será o que fizermos dela.

(Michel Serres, Filósofo e Matemático Francês)

sexta-feira, julho 02, 2004



uma lista de cancerianos

Alguns são considerados gênios: Jean-Paul Sartre, Machado de Assis, George Orwell, João Guimarães Rosa e Ingmar Bergman.

Alguns são representantes da música: Jeff Beck, Cyndi Lauper e George Michael.

Alguns são representantes da música brasileira: Alceu Valença, Nelson Gonçalves, Gilberto Gil, Elizeth Cardoso e Ronnie Von.

Alguns são representantes do cinema: Mel Brooks, Meryl Streep, Forest Whitaker, Tom Cruise, Kathleen Turner, Sylvester Stallone e Kevin Bacon.

Alguns são representantes do cinema, teatro e/ou novela do Brasil: Dercy Gonçalves, Leonardo Brício, Françoise Forton, Carlos Alberto Riccelli, Lúcia Veríssimo, Sônia Braga, Murilo Benício, Lília Cabral e Flávia Monteiro.

Alguns são "caras" legais: Tom Hanks, Harrison Ford, Robin Williams, Serginho Groisman e Tony Bellotto.

Alguns são verdadeiros colírios: Fernanda Lima, Liv Tyler, Gina Lollobrigida, Carolina Kasting, Gisele Bündchen, Isabelle Adjani e Ana Paula Arósio.

Alguns deixaram marcas (ou viraram marcas): Pierre Cardin.

Alguns são exemplos de vida: Diana de Gales e Nelson Mandela.

Alguns são verdadeiros equívocos: George W. Bush, Mike Tyson, Courtney Love, Joana Prado, Sheila Mello, Galvão Bueno e Netinho ex-Negritude Jr.

domingo, junho 27, 2004



Onde moram os anjos?

Ah! O maravilhoso de uma casa não é que ela nos abrigue, que nos aqueça, nem que se seja dona de suas paredes e sim que tenha depositado lentamente em nós estas provisões de doçura. Que ela forme, no fundo do coração, esse maciço obscuro do qual nascem os sonhos como águas de um manancial.

(Saint Exupery)

quarta-feira, junho 23, 2004

Prefácio
Márcio Américo

Ele poderia ser um desses carinhas bundinhas, que curtem bater um fliperama devorando chocolates e cortando cabeças de vira-latas. Mas não, ele preferiu caminhar por sendas bem mais esguias e escuras. Ele quis ser poeta. Ele poderia ser um destes poetas que trazem na língua e no cérebro imprecações parnasianas bem estudadas. Mas não, ele preferiu o empirismo academisista anódino, ele preferiu os porres contritos à estética bem comportada dos poetas de veraneio.

Ele agora anda por aí, um andar de quem sabe que ainda vai engolir uma porrada de sapos e com certeza cuspir saborosos poemas.

Ele continua bebendo das águas sagradas deixadas pelos mestres Jonh Fante, Charles Bukowsk, Arthur Rimbaud, Millay, Kerouac e mais, muito mais. Como um garimpeiro sedento de ouro ele persiste na procura frenética por combustível para sua criatividade, e tem encontrado facilidade, seja nos bares ou mesmo nas madrugadas desafiando seu anjo da guarda!

Ele poderia ser qualquer coisa, poderia até estar aí lendo este blog em seu lugar, mas não está, ele decidiu ser poeta! Até o momento tem conseguido manter-se fiel às suas aspirações!

(Do livro "Beijo Descalço" de Leonardo Leon)

sábado, junho 12, 2004

Último Romance
(Rodrigo Amarante)

Eu encontrei-a quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pra eu merecer
Antes de um mês
Eu já não sei

E até quem me vê
Lendo jornal
Na fila do pão
Sabe que eu te encontrei
E ninguem dirá
Que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor
A gente é quem sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco
Que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia
Eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei-a e quis duvidar
Tanto clichê
Deve não ser
Você me falou
Pra eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver
Eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar

Ah vai!
Me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora
Pego carona
Pra te acompanhar

da série: leituras na fila do pão

sexta-feira, junho 11, 2004

Minutos iniciais...
(Matrix)


Eu sei que você está aí fora. Eu posso te sentir agora.
Eu sei que você está com medo. Você está com medo de nós. Você está com medo de mudança.

Eu não conheço o futuro. Eu não vim aqui para contar como isto vai acabar.
Eu vim aqui para lhe contar como isto vai começar.

Vou desligar este telefone e então vou mostrar a estas pessoas
o que você não quer que elas vejam:
Vou mostrar a elas um mundo sem você;
um mundo sem regras ou controles, sem linhas divisórias ou fronteiras;
um mundo aonde qualquer coisa é possível.

Aonde nós vamos daqui pra frente, é uma escolha que eu deixo para você.

segunda-feira, junho 07, 2004



Funduras, ó Brasil, o porão da América...

Um teste aplicado pelo "Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa)", com 265 mil adolescentes de 15 anos, em 32 países, revelou uma triste realidade no ensino brasileiro: os alunos não entendem o que lêem.

O País ficou em último lugar na classificação que vai do nível 1 ao 5. O México, penúltimo colocado, atingiu o nível 2. Já o Brasil não conseguiu passar o primeiro nível, o que significa que o aluno brasileiro tem uma grande dificuldade em compreender as informações contidas num texto.

E as previsões não são nada otimistas: os mais privilegiados que acessam a internet, usam uma linguagem (mircs, chats) que contribui ainda mais para o empobrecimento da escrita.

domingo, maio 30, 2004



Os discos mais vendidos do mundo

01 - Michael Jackson - Thriller (1982)
02 - Pink Floyd - Dark Side Of The Moon (1973)
03 - The Eagles - Their Greatest Hits - (1971-1975)
04 - The Bodyguard - (1982) "Trilha Sonora"
05 - Fleetwood Mac - Rumours
06 - The Beatles - Sgt.Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967)
07 - Led Zeppelin - Led Zeppelin IV (1971)
08 - Elton John - Greatest Hits (1974)
09 - Alanis Morissette - Jagged Little Pil (1995)
10 - Meat Loaf - Bat Out Of Hell (1978)

sábado, maio 22, 2004

Balanços

Passei minha infância querendo ser grande. Pedindo que o tempo corresse depressa para eu ser grande.

Sonhava ser forte como o meu pai, amável como minha mãe e bacana como o namorado da minha irmã.

Outro dia, sozinho na madrugada, encontrei um parque vazio com seus balanços e escorregadores. Não resisti a tentação de pegar um daqueles brinquedos, e sentado no balanço, jogava de um lado para o outro os meus pensamentos.

"Eu passei a vida inteira querendo ser grande", e só agora descobria que o melhor tempo...já havia passado.

segunda-feira, maio 17, 2004



E-mail Jurássico

Há alguns anos, eu tinha um meganet. Um cartucho da tec-toy, que poderia enviar e receber e-mails, através do video-game Mega Drive.

Tudo nele era limitado. O teclado por exemplo não existia. E com o joystick eu digitava letra por letra no teclado "virtual" da tevê.

Mas, como eu ainda desconhecia a internet, aquilo pra mim era a grande novidade. Conheci algumas pessoas, entre elas uma garota de "beagá", Carolina e um guri de Sapiranga, Alexandre.

Depois que a tec-toy afundou, ainda mantivemos contato pelo correio. Dia desses, procurando-os pela internet, descobri que o Alexandre foi candidato a vereador, na eleição de 2000.

segunda-feira, maio 10, 2004

Contatos Imediatos do Terceiro Grau

O meu primeiro contato com a internet, foi na biblioteca da faculdade. Naquele ano, só havia um computador conectado.

Mas, como a procura era escassa, fiz minha inscrição e marquei um horário. Teria apenas meia-hora para me plugar com o mundo.

Eu e mais três da minha turma, fomos no horário combinado.
Não conseguimos acessar nenhuma página.

Como ninguém conhecia "lhufas", ficamos plantados meia-hora em frente ao computador, a ver navios.
Não nos conectamos nem com o bairro vizinho.

segunda-feira, maio 03, 2004



Perfil do consumidor

Algumas pessoas se habituam a consumir sempre os mesmos produtos e não há nada que as façam mudar de marca.

E quando surge um novo produto no mercado, os publicitários precisam de muita criatividade para poder conquistar estes fiéis consumidores.

E aí entra os velhos chavões: novo sabor, nova camada, dupla proteção ... Parece até que estão inventando um sabor novo, e olha que você nem experimentou o antigo.

E o sabão em pó com nova fórmula, já não sabemos se é o sabão ou a sujeira que está evoluindo.

Mas existe também aqueles que não estão nem aí pela marca, acabam levando o mais barato.

Mas a publicidade está aí nos mostrando que se você bebe outro refrigerante você está bebendo refrigereco. Se você viaja naquela outra cia. área, você não é inteligente. Se você não usa aquele micro-ondas, você é comparado com o cachorro Tob.

Mas, é claro que tudo isso é dito com muito humor, com muita classe, sutileza, criatividade e prêmios publicitários.

quinta-feira, abril 29, 2004



Dez filmes de Woody Allen

01. 1985 - A rosa púrpura do Cairo (The Purple Rose of Cairo)
02. 1977 - Noivo neurótico, noiva nervosa (Annie Hall)
03. 1972 - Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo mas tinha medo de perguntar (Everything You Always Wanted to Know About Sex But Were Afraid to Ask)
04. 1986 - Hannah e suas irmãs (Hannah and her Sisters)
05. 2002 - Dirigindo no escuro (Hollywood ending)
06. 1989 - Contos de Nova York (New York Stories) (3º Conto)
07. 1987 - A Era do Rádio (Radio Days)
08. 1979 - Manhattan (Manhattan)
09. 1996 - Todos dizem eu te amo (Everyone Says I Love You)
10. 2001 - O escorpião de jade (The Curse of the Jade Scorpion)

domingo, abril 25, 2004



18ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Terminou neste domingo a 18ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Segundo os organizadores, em 11 dias, cerca de 550 mil pessoas passaram pelo Centro de Exposições Imigrantes, onde aconteceu o evento.

A estimativa inicial era receber entre 550 e 600 mil visitantes. O número total de livros vendidos ainda não foi divulgado.

Durante a Bienal, os 320 expositores apresentaram 2.000 lançamentos e colocaram à disposição do público 1,3 milhão de exemplares. Em pesquisa realizada entre os dias 17 e 22, 75% dos visitantes compraram livros.

Segundo a organização do evento, o encontro dos escritores com seu público, batizado Salão de Idéias, reuniu 97 autores (19 estrangeiros e 78 brasileiros) em 40 sessões, sendo quatro por dia, com duração de duas horas cada. Já o Café Paulicéia, espaço de debates, recebeu 20 personalidades. Além disso, foram realizadas mais de 330 sessões de autógrafos
.

Publicado no Folha Online

terça-feira, abril 13, 2004



Dez filmes do mestre do suspense

01. 1960 - Psicose (Psycho)
02. 1954 - Janela indiscreta (Rear window)
03. 1963 - Os pássaros (The birds)
04. 1958 - Um corpo que cai (Vertigo)
05. 1956 - O homem que sabia demais (The man who knew to much)
06. 1954 - Disque M para matar (Dial M for muder)
07. 1948 - Festim diabólico (Rope)
08. 1951 - Pacto sinistro (Strangers on a train)
09. 1946 - Interlúdio (Notorious)
10. 1955 - Ladrão de casaca (To catch a thief)

segunda-feira, abril 05, 2004



Estórias que não estão no gibi...

Um gibi tem em média 35 páginas e 124 ilustrações.
Uma única edição varia de preço, de $1,00 até mais de $140.000,00.
172.000 cópias são vendidas nos EUA todos os dias. Mais de 62.780.000 por ano.
Um colecionador tem em média 3.312 gibis...
...e passará aproximadamente 1 ano de sua vida lendo-os.
(Primeiro minuto inicial do filme: "Unbreakable" de M. Night Shyamalan)

A vantagem de se ter irmão mais velho, é que em determinada época da minha infância acabei herdando uma caixa com diversos gibis: Sobrinhos do Capitão, Homem Aranha, Tio Patinhas, Luluzinha, Bolinha, A Vaca Voadora, Cebolinha, Mônica, Pelezinho, Riquinho, Recruta Zero, Fantasma etc. etc. etc.

Na caixa tinha algumas edições raras, como: primeiras edições e edições para colecionadores.
Acabei com o estoque de gibis quando descobri uma banca que trocava dois por um.

E nessa mesma época descobri outras prateleiras na banca, com estórias e quadrinhos mais ousados. Picantes (digamos assim). Era o fim da minha infância...e o começo de uma nova era...

quinta-feira, março 25, 2004

Os grandes filmes da minha infância
#01 - E.T., O Extraterrestre

(E.T. The Extra-Terrestrial, EUA, 1982) Direção: Steven Spielberg. Elenco: Dee Wallace, Henry Thomas, Peter Coyote, Robert MacNaughton, Drew Barrymore e C. Thomas Howell.

"Na Terra, ser de outro mundo perde o embarque de volta e apega-se a criança terrestre para escapar de pesquisadores que pretendem capturá-lo para servir de cobaia."

Antes, os alienígenas retratados nos cinemas e seriados de TV eram malvados. E de repente surgi um adorável ser franzino, frágil, vindo do espaço sideral, que sela uma amizade verdadeira com um garoto. Desmistificando o preconceito de que o ser diferente represente perigo em potencial.

Nessa celebração à amizade e apelo ao poder da imaginação como nunca se vira, torna-se o filme mais amado de todos os tempos.

Um filme que fez de Spielberg uma "marca registrada" tão popular quanto a Disney.

Um filme que fez muito adulto chorar feito criança.

Um filme que foi relançado, vinte anos depois, com 140 cenas mudadas, com muitos reparos digitais.

Um filme que possui uma das cenas mais famosas do cinema: a bicicleta atravessando a lua.

Um filme que a crítica especializada qualificou como uma das melhores produções infantis.

Um filme que me fez colecionar todas as quinquilharias que apareceram do E.T., desde álbum de figurinhas até boneco de papelão recortado em caixas de sabão em pó.

domingo, março 21, 2004

Os grandes filmes da minha infância
#02 - A Fantástica Fábrica de Chocolates

(Willy Wonka & the Chocolate Factory, EUA, 1971) Direção: Mel Stuart. Elenco: Gene Wilder, Peter Ostrum, Jack Albertson, Roy Kinnear e Aubrey Woods.

"Charlie é um garoto, entregador de jornais, que ganha um cupom dourado que lhe permite entrar na misteriosa fábrica de chocolates de Willy Wonka. Ele e mais quatro crianças, acompanhadas de um membro da família - Charlie vai com seu avô - passam por momentos de suspense e diversão dentro de uma fábrica que mais parece um parque de diversões. E é, na verdade, uma espécie de provação onde a criança só sai vitoriosa se não violar nenhuma das regras impostas por Wonka. Claro que nosso pequeno Charlie sairá vencedor, enquanto as outras crianças amargarão um triste destino sendo "expulsas" da fábrica humilhantemente."

"Filmes cultuados na infância, época em que nem temos noção dos significados da palavra culto, tendem a causar uma certa cegueira quando os revemos anos depois, com uma bagagem cultural muito maior.

É muito fácil ignorar problemas de direção ou de roteiro como conseqüência de uma nostalgia dos tempos de inocência (ou quase), ficando o filme como uma obra intocável, como se nossa apreciação de pré-adolescentes fosse muito mais rica.

Por outro lado, não é difícil, ainda que ocorra com menor freqüência, que sejamos levados a achar tudo decepcionante não percebendo as qualidades que ficam, apesar do tempo." (Sérgio Alpendre)

É mais um filme típico das memoráveis sessões da tarde da minha infância. Apesar de ter sido lançado em 1971, foi no início dos anos oitenta que o filme foi exibido na televisão.

Nunca gostei muito de filmes com excessivo números musicais, como: "O Mágico de Oz", "A Noviça Rebelde" e "Mary Poppins". A Fantástica Fábrica de Chocolates foi uma exceção.

sexta-feira, março 12, 2004

Os grandes filmes da minha infância
#03 - O Império Contra-Ataca

(The Empire Strikes Back, EUA, 1980) Direção: Irvin Kershner. Elenco: Mark Hamill, Harisson Ford, Carrie Fisher, Alec Guinness, Billy Dee Williams, Anthony Daniels, Kenny Baker, Frank Oz, David Prowse.

Com essa continuação de "Guerra nas Estrelas" (1977), George Lucas formou um império de fãs, maior que qualquer exército que a Industrial Light & Magic pudesse criar.

No primeiro filme da saga, a magia estava apenas começando. No segundo, nasce a lenda.

Tudo no segundo filme funciona bem: A princesa Leia se apaixona por Han
Solo
, o jovem Luke se torna um Jedi (guerreiro), o robô C-3PO enfrenta problemas e Darth Vader faz surpreendente revelação: admiti ser o pai de Luke. Tudo é mágico e perturbador - Como poderia o vilão da estória ser o pai do herói ?

"O Retorno de Jedi" (1983) fecha a primeira (da que deveria ter sido única) trilogia.

quarta-feira, março 03, 2004

Os grandes filmes da minha infância
#04 - Os Caçadores da Arca Perdida

(Raiders of the Lost Ark, EUA, 1981) Direção: Steven Spielberg. Elenco: Harrison Ford, Karen Allen, Ronald Lacey, Paul Freeman, John Rhys-Davies, Denholm Elliott.

"O arqueólogo e explorador americano Indiana jones enfrenta perigos de todo tipo, para arrebatar aos nazistas alemães a posse do que resta da Arca da Aliança, preciosa relíquia bíblica de extraordinário poder."

A platéia se diverte com o ritmo vertiginoso e as constantes reviravoltas deste filme inspirado nos antigos seriados apresentados nas matinês antes ou depois do filme principal.

Spielberg e George Lucas formaram uma das parcerias mais lucrativas e criativas da história. Mesmo com argumento manjado, renderam um estupendo roteiro e ótimo filme.

Aqui, Harrison Ford se consagra como o mais perfeito herói do cinema, dando espaço para duas ótimas continuações: "Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984)" e "Indiana Jones e a Última Cruzada (1989)".

terça-feira, março 02, 2004



76ª edição do Oscar

Sauron planeja um grande ataque a Minas Tirith, capital de Gondor, o que faz com que Gandalf (Ian McKellen) e Pippin (Billy Boyd) partam para o local na intenção de ajudar a resistência. Um exército é reunido por Theoden (Bernard Hill) em Rohan, em mais uma tentativa de deter as forças de Sauron. Enquanto isso Frodo (Elijah Wood), Sam (Sean Astin) e Gollum (Andy Serkins) seguem sua viagem rumo à Montanha da Perdição, para destruir o Anel.

"O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei" ganhou 11 Oscars, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Som, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original ("Into the West"), Melhor Maquiagem, Melhor Edição, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte. (Adoro Cinema)

segunda-feira, março 01, 2004



24ª Framboesa de Ouro

O filme Contato de Risco foi o grande "vencedor" da 24ª Framboesa de Ouro. Alavancou (ou avacalhou, como queira), nada mais, nada menos, que 05 categorias: Pior Filme, Pior Ator (Ben Affleck), Pior Atriz (Jennifer Lopez), Pior Casal (Ben Affleck e Jennifer Lopez) e Pior Diretor (Martin Brest).

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Os grandes filmes da minha infância
#05 - Marcelino, Pão e Vinho

(Marcelino, Pan y Vino, Espanha, 1955) Direção: Ladislao Vadja. Elenco: Pablito Calvo, Rafael Revelles, Antonio Vico, Juan Calvo, José Marco Davo, Fernando Rey

"Menino abandonado em convento de frades cria um amigo imaginário e, escondido dos frades, mantém encontros com o próprio Cristo crucificado."

O garoto Pablito Calvo foi premiado em Cannes, no ano do lançamento do filme.

Apesar desse filme ter sido rodado em 1955, ele esteve em cartaz nos cinemas brasileiros entre o final dos anos setenta e começo dos anos oitenta, sendo também um dos grandes sucessos de bilheteria daquela época.

No final do filme, a maioria das pessoas saíam emocionadas do cinema, seduzidas pelos clichês melodramáticos. Eu, um pouco decepcionado, por não ter "visto" o Manuel, o amigo imaginário do Marcelino.

Enquanto isso, na escola em que eu estudava, um garoto de nome Marcelino, ganhou a alcunha: "Pão e Vinho", que o perseguiu durante todo o primário (ensino fundamental).

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Os grandes filmes da minha infância
#06 - Superman - O Filme

(Superman, EUA, 1978) Direção: Richard Donner. Elenco: Christopher Reeve, Gene Hackman, Marlon Brando e Terence Stamp.

"O filme conta a história do único sobrevivente do planeta Krypton, que é enviado para a Terra ainda bebê e aqui cresce dotado de incríveis superpoderes. Ganhador de um Oscar especial, concedido pela Academia. (Adoro Cinema)"

Sempre que assistia algum sessão de karatê, no fim do filme já me sentia o próprio Bruce Lee, aplicando golpes no meu irmão mais novo. O mesmo acontecia com os filmes de bang-bang, quando os travesseiros transformavam-se em cavalos, e os dedos em armas poderosas. E quando ficava nervoso, bastava lembrar do incrível Hulk para adquirir sua força, sem precisar ficar verde.

Mas de todos os heróis, ser o Superman era o mais interessante. Improvisava-se uma toalha enrolada no pescoço e pronto, tinha-se uma capa. Se bem que era a mesma capa utilizada para ser o Zorro. E o Zorro ainda tinha a máscara e a espada. Já o Superman não tinha nenhum acessório especial, mas era o mais poderoso de todos.

Eu só não entendia porque ele mantinha sua identidade secreta por trás de um óculos, e ninguém desconfiava ser ele o Superman.

domingo, fevereiro 08, 2004

Os grandes filmes da minha infância
#07 - O Campeão

(The Champ, EUA, 1978) Direção: Franco Zeffirelli. Elenco: Jon Voight, Faye Dunaway e Ricky Schroder.

"Pugilista decadente, sustenta o filho fazendo pequenos serviços, enquanto continua treinando para voltar aos ringues. Um dia, a mãe do garoto (que havia abandonado o menino, e voltou, com dinheiro para lhe assegurar a melhor educação) reencontra o filho e decide reclamar sua custódia O pai, ex-campeão de boxe, resolve então voltar aos ringues e ser novamente campeão."

Além da pipoca e do refrigerante, convém ter em mãos também uma caixa de lenços. Essa foi a terceira versão dessa história lacrimosa. A primeira filmagem ocorreu em 1931. E a segunda em 1952.

Quando Lula ainda era candidato a presidente em 2002, perguntaram qual foi o filme que o fez chorar. E ele respondeu: "O Campeão".

Mas, apesar de "O Campeão" fazer parte da série: "os grandes filmes da minha infância", ele não faz parte de outra série: "os filmes que me fizeram chorar". Sim, na época devo ter chorado um bocado. Mas quando se é criança, o choro é rotineiro.

Quando revi esse filme há alguns anos, o impacto não foi o mesmo. O filme ficou datado, perdido em algum momento mágico da minha infância.